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quinta-feira, 30 de setembro de 2010

PROJETO DE VIDA


Para alcançar nosso propósito, utilizamos o Método Escoteiro, que constitui um todo onde se combinam diversos componentes:

A ADESÃO À PROMESSA E À LEI ESCOTEIRA

O principal elemento do método é o convite pessoal a cada jovem, em um momento determinado de sua progressão, para que formule sua Promessa Escoteira. Por meio deste compromisso, o jovem aceita livremente, diante do seu grupo de companheiros, ser fiel à palavra empenhada e fazer o seu melhor possível para viver de acordo com a Lei.

A Lei escoteira é um instrumento educativo em que estão expressos, de maneira compreensível para as diferentes faixas etárias, os princípios que nos guiam.

Este compromisso será um ponto de referência em cuja direção se projetará toda a vida de um jovem.

A APRENDIZAGEM PELO SERVIÇO

Como expressão dos princípios sociais do Movimento, o método escoteiro é propício a que os jovens assumam uma atitude solidária, realizem ações concretas de serviço e se integrem progressivamente ao desenvolvimento de suas comunidades.

Além de contribuir para resolver um problema ou para aliviar uma dor, o serviço é uma forma de explorar a realidade, de conhecer a si mesmo, de descobrir outras dimensões culturais, de aprender a respeitar aos demais, de experimentar a aceitação e o reconhecimento do meio social, de construir a auto-imagem e de estimular a iniciativa em direção às mudanças e à melhoria da vida em comum.

A APRENDIZAGEM PELA AÇÃO

Outro componente essencial é a educação ativa, em que os jovens aprendem por si mesmos, por meio da observação, do descobrimento, da elaboração, da inovação e da experimentação.

Esta aprendizagem não formal permite viver experiências pessoais que interiorizam e consolidam o conhecimento, as atitudes e as habilidades.

Desta maneira, e do ponto de vista cognitivo, se substitui a simples recepção de informação pela efetiva aquisição de conhecimento; no domínio da afetividade, se substitui a norma imposta pela norma descoberta e a disciplina exterior pela interior; e, no campo motriz, a passividade receptiva do destinatário cede lugar à criatividade efetiva do realizador.

UM SISTEMA DE EQUIPES

Um fator fundamental do método é a vinculação a pequenos grupos de jovens de idade semelhante. Estas equipes de iguais aceleram a socialização, identificam seus membros com os objetivos comuns, ensinam a estabelecer vínculos profundos com outras pessoas, geram responsabilidades progressivas, proporcionam autoconfiança e criam um espaço educativo privilegiado para que o jovem cresça e se desenvolva.

UMA SOCIEDADE DE JOVENS

Os pequenos grupos e as demais estruturas oferecidas pelo Movimento para que os jovens se organizem em torno de sua proposta educativa e desenvolvam suas atividades por si mesmos, fazem lembrar uma sociedade de jovens.

Nela se observam órgãos de governo e espaços para a participação, assembléias e conselhos que ensinam a administrar divergências e a obter consensos, organismos de tomada de decisões de interesse coletivo ou individual, equipes executivas que impulsionam à ação e fazem com que as coisas aconteçam. Uma escola ativa que incorpora a aprendizagem da convivência, da democracia e da eficiência à vida cotidiana.

A quantidade, o tamanho e o nome dessas estruturas procuram responder às necessidades que decorrem das características do jovem nas diferentes etapas do seu desenvolvimento.

A APRENDIZAGEM PELO JOGO

O jogo oferece excelentes oportunidades para experimentar, aventurar, imaginar, sonhar, projetar, construir, criar e recriar a realidade.

É, portanto, uma ocasião de aprendizagem significativa que o método escoteiro privilegia como um espaço para experiências em que o jovem é o protagonista. No jogo ele desempenhará papéis diversificados, descobrirá regras, se associará com outros, assumirá responsabilidades, medirá forças, desfrutará de triunfos, aprenderá a perder, avaliará seus acertos e seus erros.

Um sistema progressivo de objetivos e atividades: o Programa de Jovens.

A expressão mais visível e atraente do método escoteiro, onde se integram em absoluta harmonia todos os seus outros componentes, é seu variado programa de atividades, que representa para o jovem uma oferta coincidente com seus interesses e dentro da qual eles escolhem o que desejam fazer.

Estas atividades permitem aos jovens extrair experiências pessoais que levam à conquista dos objetivos que o Movimento lhes propõe para as diferentes etapas do seu desenvolvimento.

Os objetivos se encaminham progressivamente para o cumprimento do projeto educativo do Movimento, se baseiam nas necessidades do desenvolvimento harmônico dos jovens e se ajustam a suas possibilidades nas diferentes idades.

As atividades propostas significam desafios que estimulam o jovem a se superar, permitem experiências que dão lugar a uma aprendizagem efetiva, produzem a sensação de haver tirado algum proveito e despertam o interesse por desenvolvê-las. Por isso dizemos que são desafiantes, úteis, recompensantes e atraentes.

Pode ser incorporada ao programa de jovens toda atividade que reuna essas condições. O programa, por sua vez, é construído, realizado e avaliado com a participação de todos, mediante formas de animação que variam segundo as diferentes etapas de progressão.

A VIDA AO AR LIVRE

A vida ao ar livre é um meio privilegiado para as atividades escoteiras.

Os desafios que a natureza apresenta permitem aos jovens equilibrar seu corpo, desenvolver suas capacidades físicas, manter e fortalecer a saúde, ampliar a criatividade, exercitar espontaneamente sua liberdade, estabelecer vínculos profundos com outros jovens, compreender as exigências básicas da vida em sociedade, valorizar o mundo, formar seus conceitos estéticos, descobrir e se encantar com a ordem da Criação.

O método escoteiro propõe aos jovens Integrar essas experiências a seus hábitos freqüentes e a seu estilo de vida, recuperando continuamente o silêncio interior e retornando sempre aos ritmos naturais e à vida sóbria.

UM MARCO SIMBÓLICO

O método também apresenta aos jovens um conjunto de elementos simbólicos que incorporam a riqueza dos símbolos e integram o ambiente de referência próprio do Movimento. Estes símbolos motivadores estimulam a imaginação, ajudam a promover a coesão em torno dos objetivos compartilhados, asseguram o senso de pertencer a um grupo de iguais e destacam paradigmas que se oferecem como modelos a imitar.

Cada uma das etapas de progressão se relaciona a um marco simbólico próprio, que se adapta à capacidade imaginativa e às necessidades de identificação de cada faixa etária.

UM CERIMONIAL PARA CELEBRAR A VIDA

O desenvolvimento progressivo do jovem é destacado por meio de diversos atos que comemoram sua história pessoal e a tradição comum, além de traduzir a alegria da comunidade pelo progresso de cada um dos seus integrantes. Pelo cerimonial se renova o sentido do símbolo, se reforça a unidade do grupo e se cria o ambiente propício à reflexão em torno dos valores que permeiam a atividade de todos os dias.

A PRESENÇA ESTIMULANTE DO ADULTO

No processo de crescimento dos jovens, o educador adulto, permanecendo como tal, se incorpora alegremente ao dinamismo juvenil, dando testemunho dos valores do Movimento e ajudando os jovens a descobrir o que não poderiam descobrir sozinhos. Este estilo permite estabelecer relações horizontais de cooperação para a aprendizagem, facilita o diálogo entre as gerações e demonstra que o poder e a autoridade podem ser exercidos a serviço da liberdade daqueles a quem se educa, dirige ou governa.

TRADIÇÃO CENTENÁRIA


Ventos do Leste - Baden Powell

Em 2007 o escotismo completou 100 anos. A maior organização de juventude do mundo não parou no tempo. Hoje, a Organização Mundial do Movimento Escoteiro (WOSM – sigla em inglês) tem 28 milhões de participantes. No País, de acordo com a União dos Escoteiros do Brasil (UEB), são cerca de 50 mil membros.

O escotismo surgiu antes da Primeira Guerra Mundial. O movimento teve o tenente-coronel britânico Baden-Powell como principal personagem. Powell nasceu em 1857, na Inglaterra, e desde a infância mostrou grande apego pela aventura e pela natureza. Como militar, conheceu grande parte do mundo. Durante uma viagem pela Inglaterra, o militar observou alguns meninos lendo um livro que ele mesmo havia escrito para os exploradores do exército. O livro continha ensinamentos sobre como acampar e sobreviver em regiões selvagens.

Em 1907, ele entusiasmou-se e resolveu realizar um acampamento com vinte rapazes de 12 a 16 anos, na Ilha de Brownsea. No acampamento, ensinou uma porção de coisas importantes, como primeiros socorros, observação, técnicas de segurança para a vida na cidade e na floresta. Suas experiências em treinar os jovens foram produtivas e gratificantes. A maneira como os jovens desempenhavam suas tarefas, seus exemplos de educação, lealdade, coragem e responsabilidade causaram grande impressão nele.

Um manual de disciplina (dividido em seis fascículos) foi lançado por Powell em 1908, e o sucesso foi tão grande que vários movimentos de escoteiros começaram a surgir em todo o mundo. O crescimento foi tanto que, em 1910, ele compreendeu que o escotismo seria a obra à qual dedicaria a sua vida. Powell percebeu que podia fazer muito mais pelo seu país educando e disciplinando a nova geração de jovens, do que preparando homens na área militar. Resolveu, então, pedir demissão do exército, onde havia chegado a tenente-general, e passou a se dedicar exclusivamente ao escotismo.

Em 1920, escoteiros de todas as partes do mundo reuniram-se em Londres para a primeira concentração internacional de escoteiros: o Primeiro Jamboree Mundial. Na ocasião, Baden Powell foi proclamado "Escoteiro-Chefe-Mundial", sob os aplausos da multidão de rapazes.

PARA SER UM ESCOTEIRO

Ventos do Leste - Ser Escoteiro

COMO ABRIR UM GRUPO ESCOTEIRO


A primeira coisa que você deve saber é que a a fundação de um novo Grupo Escoteiro deve ter o apoio da Região Escoteira. Clique aqui para entrar em contato com o Escritório Regional da União dos Escoteiros do Brasil do seu estado.

Lembre-se de que nenhum passo deve ser dado para reunir crianças e jovens a fim de praticar Escotismo sem a prévia expedição da Autorização Provisória, válida por quatro meses, concedida pelas autoridades escoteiras regionais, em favor da entidade (igreja, escola, clube, fábrica, etc.), da pessoa ou do conjunto de pessoas interessadas na criação de um Grupo Escoteiro.

Se o Grupo Escoteiro for patrocinado, será necessária a assinatura de convênio entre a instituição patrocinadora e a União dos Escoteiros do Brasil, representada pela Direção Regional.

PASSO 1: REUNIÃO COM OS INTERESSADOS

Passo 1: Reunião com os Interessados

Essa reunião deve ser com poucas pessoas; de preferência 5 a 10 participantes, dentre os interessados. Você pode convidá-los para uma reunião em sua casa, ou pedir uma sala emprestada de um Clube ou de uma Escola. O importante é que seja um local tranquilo.

Tendo em mãos pelo menos uma cópia do "5 Passos para fundar um Grupo Escoteiro", você dirigirá a reunião apresentando o que é Escotismo, seu Propósito, Princípios, Método, e sua organização.

Apresente, também, quais os passos necessários para a formação do Grupo Escoteiro, verificando quem está realmente disposto a participar.

Antes de encerrar a reunião deve ser marcada uma data para que seja realizada uma palestra para a sua comunidade. Esta data deve ser comunicada a Direção Regional da UEB, para que seja enviando um representante para proferir a palestra.


PASSO 2: PREPARANDO E REALIZANDO A PALESTRA

Passo 2: Preparando e realizando a palestra

Os convites para a palestra devem ser feitos, se possível, por escrito, comunicando todas as pessoas interessadas. Devem ser convidadas, também, as autoridades do Município ou da comunidade, que poderão contribuir com o Grupo Escoteiro.

Tome cuidado de enviar os convites somente após a confirmação do representante da Direção Regional da UEB.

Confirme com os convidados a realização da palestra, através de telefonemas ou contatos pessoais, e divulgue informações junto à imprensa local.

Ao final da palestra confirme a idéia da formação de um Grupo Escoteiro, enumerando para tanto as exigência que se fazem necessárias, tanto no aspecto legal como no que se refere aos recursos humanos e materiais.

Apresente a idéia de formar neste momento uma Diretoria de Grupo e, desde já, reunir alguns escotistas (chefes).

Caso não seja possível decidir neste oportunidade a composição da Diretoria de Grupo, marque imediatamente uma próxima reunião, convidando todos os interessados, com o único propósito de formar este órgão de direção, sem o qual não será possível prosseguir.


PASSO 3: SOLICITANDO A AUTORIZAÇÃO PROVISÓRIA E MONTANDO A ESTRUTURA

Passo 3: Solicitando a autorização provisória e montando a estrutura

Uma vez composta a Diretoria, deve ser solicitada a AUTORIZAÇÃO PROVISÓRIA para funcionamento do Grupo. Para isso deve ser preenchido o formulário com todos os dados e enviá-lo à Direção Regional da UEB.

Deve ser informado, também, qual o nome que foi escolhido para o Grupo Escoteiro, o modelo do lenço e com que Ramo os trabalhos vão começar.

Tomada a decisão é necessário trabalhar para reunir os Escotistas necessários para trabalhar na chefia da(s) Seção(ôes).


PASSO 4: REUNINDO OS ESCOTISTAS E MEMBROS JUVENIS

Passo 4: Reunindo os escotistas e membros juvenis

Escotista é o termo utilizado para denominar todos aqueles adultos que atuam com jovens como chefes escoteiros.

Para que alguém seja nomeado como escotista faz-se necessário o cumprimento de alguns requisitos estabelecidos nas Diretrizes Nacionais de Gestão de Adultos, no POR, nas Resoluções dos Níveis Nacional e Regional.

Devemos ter consciencia de que o início é mais difícil, e começar reunindo poucas crianças ou jovens, dentro das seguintes alternativas, considerando os diferentes Ramos.

  1. Lobinhos: 8 crianças divididas em duas matilhas;
  2. Escoteiros: 8 crianças, reunidas em duas patrulhas;
  3. Sênior/Guia: 8 jovens, reunidos em duas patrulhas.

Todos os jovens ingressam na Seção num período introdutório, que, neste caso específico, deve durar de dois a três meses.

É o tempo em que conhecerão o Grupo, a estrutura da Seção, formarão laços de amizade e aprenderão um mínimo de técnicas que lhes permitam realizar um acampamento.

Uma vez esgotado o período Introdutório, e antes que termine a Autorização Provisória, deve ser marcada a data para essas cerimônias, que se constituirá, também, na data de Fundação do Grupo Escoteiro.


PASSO 5: CERIMÔNIAS DE INVESTIDURA E PROMESSA

Terminado o período Introdutório os primeiros jovens do Grupo estarão prontos para a Cerimônia de Investidura e a Cerimônia de Promessa. Deve-se marcar uma data, comunicando a Direção Regional, os jovens, seus pais e membros da comunidade.

Normalmente estas cerimônias são íntimas do Grupo, mas como este é o momento que marca a fundação do Grupo Escoteiro, é interessante convidar autoridades e apoiadores.

Passo 5: Cerimônias de investidura e promessa

Nesta cerimônia os jovens vão receber o Lenço do Grupo (Cerimônia de Investidura) e efetuar a Promessa Escoteira (Cerimônia de Promessa) numa única solenidade. Também é normal que se tenha algum discurso, mas deve-se ter o cuidado de não permitir que muita gente se manifeste.